O Falso Batismo no Espírito Santo

O que os Carismáticos dizem do "batismo no espírito santo" ou "efusão do espírito": "Todo o cristão é batizado no Espírito Santo, pelo fato de ter recebido os sacramentos da iniciação cristã: Batismo, Confirmação e Eucaristia. O segundo é de ordem experiencial e refere-se ao momento ou processo de crescimento pelo qual a Presença Viva do Espírito, recebido na iniciação, se torna sensível à consciência pessoal". [1]

Refutação Católica


Se você já leu o nosso Primeiro artigo sobre o Verdadeiro Dom de Línguas, creio que entenderá perfeitamente por que o tal "batismo no espírito" é falso. 

Ora, primeiramente a palavra "Batismo" só pode ser usada como um Sacramento. Só existe um batismo realmente verdadeiro que é onde recebemos o Espírito Santo de Deus. Não existe outro "batismo" secundário. O Espírito Santo só nos é dado através dos sacramentos, e não há outro meio do Espírito Santo de Deus agir em nós. Recebemos o Espírito Santo quando nos batizamos (Sacramento), e confirmamos isso quando nos crismamos (Sacramento da confirmação). Esse pensamento de um "batismo a parte", é condenado pela Santa Igreja, pelo Concílio Infalível de Trento:

"Se alguém disser que os Sacramentos da Nova Lei não foram instituídos por Jesus Cristo; ou que há mais do que sete; ou menos; (...) que seja anátema (excomungado)". [3] 

Objeção Modernista: "Mas nós não dizemos que o Batismo no espírito é um sacramento, apenas recebemos o espírito santo por meio dele."

Resposta: Se a Igreja afirma que somente recebemos o Espírito Santo através do Batismo, e do Crisma, por que eu iria receber o Espírito por outro meio senão o dos sacramentos?

Os Carismas (Dom de Línguas por exemplo), é onde o Espírito Santo atua de forma extraordinária. E não necessariamente em todos os fiéis. Muito menos ainda, quando se diz coisas absurdas que ouvi no meio carismático como:

"Quem não repousa não tem o Espírito Santo" "Quem não ora em línguas não tem o Espírito" "sou batizada no espírito, sou da rcc".

Árvore má, Frutos podres


Os protestantes pentecostais inventaram a palavra "batismo no espírito santo" (coisa que nem os protestantes tradicionais creem - igreja luterana, calvinista presbiteriana, anglicanos), isto surgiu muito depois de Lutero ter se rebelado contra a Igreja de Cristo. Primeiro surgiram os protestantes tradicionais, citados acima, e muito depois disso eles foram se dividindo cada vez mais, onde uma pessoa que não concordava com o pastor, fundava sua própria igreja, inimiga da anterior. Portanto o protestantismo pentecostal (ditos evangélicos), é a divisão da divisão da divisão da divisão (etc). 

Os Carismáticos foram beber da fonte dos hereges. A Prática do "batismo no espírito santo" é algo novo, nunca praticado antes de 1960 no seio da Igreja. Na realidade o que eles fazem, da forma como fazem, nunca existiu na Igreja e nunca foi praticado por nenhum santo.

Eles afirmam que Pentecostes é bíblico e surgiu com os apóstolos, mas como provei no primeiro artigo sobre Dom de Línguas, nada disso aconteceu realmente com os apóstolos. O Verdadeiro Dom de Línguas é o dom que Deus dá a alguns de falar idiomas diferentes, que nunca foram estudados por eles, e compreender num contexto próprio. Por exemplo, os apóstolos tiveram o Dom de Línguas por que necessitavam pregar o evangelho a todos os povos, mas eles não falavam todas as línguas necessárias para fazer isso. O Dom existiu aí, e morreu aí. Sendo dado também a poucos santos como finalidade: a evangelização. Por exemplo São Pe. Pio de Pietrelcina, que ouvia confissões em diversos idiomas, compreendia todas, e mesmo assim nunca estudou outro idioma que não fosse o Italiano. Sem ter estudado nenhuma língua além do Latim, era capaz de tomar Confissão em inglês, francês, alemão, árabe, eslovaco, línguas indígenas da América e até em dialetos do Japão. [2]

O falso batismo no espírito que creem os carismáticos e protestantes de seitas pentecostais, é poder "orar em línguas" e aí "receber o espírito". Ora, levando em conta o verdadeiro dom de línguas e analisando o que eu acabei de dizer que é o falso batismo, não há mais necessidade de posteriores refutações. 

"Ou fazei a árvore boa e o seu fruto bom, ou a árvore má e o seu fruto mau, porque pelo fruto se conhece a árvore." (Mat. XII ,33).

Acaso uma árvore Má (protestantismo), pode dar bons frutos (Rcc)?

Este artigo é apenas uma parte da refutação de tantos erros presentes no movimento carismático, se você quer acompanhar desde o começo, recomendamos o seguinte link: Estudo sobre as críticas do movimento carismático.

Fontes:
[1] Site (carismático) Catequese Católica.
[2] O Justo vive pela fé.
[3] O Concílio de Trento (1545-1563), sob Paulo III (1534-1549).

4 comentários:

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  2. Eu não quero ser de forma alguma relativista. Sei que o protestantismo é uma árvore ruim, mas devemos ter mais zelo ao interpretar essa passagem do Evangelho de Nosso Senhor segundo São Mateus a respeito dos frutos bons e maus, visto que existem muitos testemunhos verdadeiros de pessoas que vivem de maneira reta mesmo no meio protestante...

    Creio que isso faça parte do que a Santa Igreja afirma no parágrafo 311 do Catecismo com uma citação de Santo Agostinho.

    "Deus todo-poderoso [...] sendo soberanamente bom, nunca permitiria que qualquer mal existisse nas suas obras se não fosse suficientemente poderoso e bom para do próprio mal, fazer surgir o bem"

    Santo Agostinho, Enchiridion de fide, spe et caritate. 3. 11: CCL 46, 53 (PL 40, 236).

    O Protestantismo é sim um mal, mas não podemos generalizar como se tudo o que vier de lá seja tbm mal...

    Salve Maria Santíssima.

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  3. Lucas

    Absolutamente TUDO que vem do protestantismo é mal, é ruim. Absolutamente tudo e nesse quesito podemos generalizar, explico:

    Toda a verdade, a verdade absoluta está na Santa Igreja, e não há verdade fora dela. Ora, se a Igreja foi deixada por Cristo, Ele não iria deixar uma verdade incompleta, logo toda a verdade está nela e não precisa de "revisões". Toda a mentira, a falsidade está fora da Igreja, logo não pode haver verdade fora da Santa Igreja, é questão racional mesmo. Basta crer na fé católica para entender.

    Se existem coisas que os protestantes pregam que são verdadeiras, estas verdades pertencem a Igreja Católica. Eles creem numa verdade católica sem saber. Exemplo: Se o batismo de algumas seitas são válidos, não significa que o batismo protestante é válido, mas sim que aquele batismo feito na seita é um batismo CATÓLICO, por isso foi válido. Se eles creem que Cristo é Deus, ótimo, isso é um DOGMA católico. E assim por diante. Não existe nada fora da Santa Igreja que seja verdadeiro, dizer isso é crer que Cristo deixou uma verdade "fora da sua igreja", o que é absurdo. Sua frase de Santo Agostinho é magnífico, se Deus permitiu que o protestantismo existisse, foi para tirar algum bem disso. Ele não permite um mal se não tiver algum bem a tirar. O que de bom veio do surgimento do protestantismo? Respondo: O CONCÍLIO INFALÍVEL DE TRENTO. Sem o protestantismo não teríamos este grande concílio da Santa Igreja que a fez resplandecer. Deus tira coisas boas das coisas ruim, mas ele não se manifesta no meio de hereges. Salve Maria.

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  4. Olá Daiane.
    Bom, recentemente descobri essa divisão da Igreja em tradicionais x carismáticos.
    Estou estudando sobre isso, mas posso dizer que estou muito, muito confusa. Eu choro pensando nisso, antes de dormir fico pensando nisso e até chego a pensar que nunca fui católica de verdade.
    Assim como você, desde pequena frequento a Igreja Católica, fui batizada, fiz catequese... mas também nunca tinha comungado de verdade, sabendo que era corpo e sangue de Jesus Cristo, entre outros erros. Tudo mudou em julho de 2015, quando eu tinha 17 anos. Participei de um retiro chamado Thalita Kum, da Aliança de Misericórdia. Eu nunca tinha visto repouso no Espírito Santo, mas lá eu repousei, não porque me empurraram ou me senti obrigada, e bem, senti meu corpo inteiro esquentar, minhas pernas começaram a tremer incontrolavelmente e tinha uma sensação boa. Depois que eu levantei comecei a chorar, sabia que nesse momento Deus estava agindo em mim e me curando de algumas coisas (relacionadas ao meus pais) que estavam realmente me fazendo mal. Tudo isso foi no segundo dia do retiro, no dia anterior, no momento da adoração, foi quando eu entendi que era Jesus Cristo, até então eu nunca tinha sabido disso. E eu me entreguei totalmente a Ele (eu me encontrava despedaçada) e depois tinha um padre lá e fui me confessar, ou seja, no segundo dia ainda estava em estado de graça. Quando sai do retiro estava transformada, comecei a pesquisar sobre a Missa, a consagração a Jesus por Nossa Senhora (que nunca tinha ouvido falar), e muitas outras coisas que pra mim eram novidades.
    E assim, começou minha história de conversão. Conheci meu namorado no começo desse ano, e ele é bem "carismático". Reconheço que na RCC, as pessoas se sentem meio obrigadas a "orar em línguas" e me incomodo um pouco com isso.
    Nesse último final de semana participei de um congresso da RCC e eles usavam muito o termo "Batismo no Espírito Santo", confesso que até achei um pouco exagerado, pois para mim no Sacramento do Batismo já éramos batizados no Espírito Santo. Mas bem, Pe Paulo Ricardo estava lá e ele mesmo usava esse termo e disse que mesmo um pagão pode ser batizado no Espírito Santo. Gostei muito da pregação dele e ele usava uma ótima lógica e comprovava tudo racionalmente. Mas isso já contradiz algo que li no seu blog, que diz que o Espírito Santo só se manifesta em quem está em estado de graça.
    Tem outros pontos também, mas já está longo de mais, só gostaria de dizer que no momento é como se toda a minha fé e tudo o que eu vivi fosse só "protestantismo", pois nunca participei de uma Missa Tridentina e nunca vi um "tradicional". Moro no interior de SP e na minha diocese, tudo o que eu conheço é criticado pelos tradicionais: o local do Sacrário, a Missa, os padres, os ministros, a música, os grupos de oração, os grupos de jovens, a estética das igrejas, a imposição das mãos, os próprios sacramentos como os recebi, os pregadores, o sentimentalismo (que na verdade foi o que deu início a minha conversão) entre outras coisas.
    E assim, eu sei que não é possível viver a fé católica de sentimentalismo, pra mim mesmo hoje em dia isso é quase raro, mas foi isso que me ajudou a começar a conversão. Estou realmente muito confusa, por que vocês dizem que tudo isso é mau, sendo que eu fui convertida assim? (E hoje estou conhecendo a tradição). Por que vocês dizem que disso não pode gerar bons frutos? O início da minha conversão não foi um bom fruto? E tenho certeza que não falo só de mim, mas de muitas outras pessoas.
    E como citei o Pe Paulo Ricardo, nessa mesma pregação ele disse que Deus trabalha assim (ele usava o termo “violento”, ou seja, é como um momento que Deus usa pra nos “chocar” e cairmos em si ), mas que depois é preciso nós buscarmos Deus e rezarmos, porque nem sempre será assim. Ele deu o exemplo de Saulo, que depois virou Paulo.
    Obrigada
    Desculpe o texto longo
    Salve Maria

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