O Sexto mandamento e a Castidade Necessária aos Santos

6° Mandamento: Não pecar contra a Castidade. 


O que significa este mandamento? Eu fiz a catequese, me ensinaram os 10 mandamentos, mas eu saí de lá e não sabia nem o significado da palavra 'Castidade'. Eu decorei os 10 mandamentos, mas não sabia seu significado, e demorei anos para entender a moral católica, coisa que poderia ter aprendido na catequese, e no Crisma. Infelizmente esta é a realidade da maioria dos católicos, que passam pela catequese e não aprende absolutamente nada de útil, a não ser dinâmicas sem fundamento. Por que os 'líderes' da catequese não querem 'sobrecarregar' ou 'assustar' as crianças, e então não falam sobre determinados temas, e eles acabam aprendendo na escola e de uma forma distorcida e deturpada sobre isso. A Escola que na maioria dos casos, não ensina a moral católica, mas ensina o que o mundo entende por sexo. 

Nossa Senhora o quanto não seria censurada se entrasse como catequista hoje, por que mostrou o inferno aos pastorinhos de 7,9 e 10 anos (Jacinta, Francisco e Lúcia, respectivamente), mostrou como as pessoas sofrem no inferno, ensinou que os pecados que mais levam almas para o inferno são os pecados da carne, ensinou a modéstia no vestir e tantas coisas relacionadas com a moral católica que hoje não são ensinadas nas catequese. Certamente, no modernismo que vivemos hoje dentro da Igreja, Nossa Senhora se quer seria aceita como catequista. Seria tida como Rad-Trad, radical, ultrapassada. 

Bem, depois disso, resolvi escrever este texto explicando sobre a grande virtude da castidade o quanto ela é necessária aos santos. Me refiro aos Santos, e quando digo esta palavra, não quero dizer que é somente aos perfeitos, mas a todos que buscam a santidade. Como bem disse o Pe. Júlio Maria, no seu livro: "O Christo, o papa e a Igreja"

"Todos os homens podem ser santos, pois a graça de Deus não falta. Porém todos não são santos por que todos não cooperam com a graça divina (...) O Catolicismo tem santos, embora todos os católicos não o sejam por que não sabem pedir a Deus a coragem e a força necessária para praticarem atos heroicos de virtude"

Ou seja, todos nós podemos e devemos almejar a santidade, portanto quando coloco a palavra santo, me refiro às pessoas que amam nosso Senhor e por Ele, buscam a santidade a cada dia. 

Gostaria de ressaltar que todos os pecados contra os 10 mandamentos são pecados mortais, e todo pecado mortal leva diretamente ao inferno se a pessoa vier a falecer sem confissão. Portanto, são pecados graves, e a castidade é necessária a todos que querem se salvar e entrar no céu, e ali viver eternamente com Nosso Senhor e sua santíssima Mãe. 

O que é a Castidade²?


Jesus disse: “Ouvistes o que foi dito: Não cometerás adultério (Ex 20,14). Eu, porém, vos digo: todo aquele que olha para uma mulher com desejo malicioso já cometeu adultério com ela em seu coração(Mt 5,27-28). Jesus quer matar o pecado da impureza na sua raiz; no coração.

O Sexto Mandamento ensina a viver a pureza; isto é, não pecar contra a castidade. Esta significa a integração da sexualidade na pessoa. Inclui a aprendizagem do domínio pessoal, a oração, a mortificação, e vivência dos Sacramentos. A Igreja ensina que: “Entre os pecados gravemente contrários à castidade é preciso citar a masturbação, a fornicação, a pornografia e as práticas homossexuais(Cat. §2356).

O sexo só pode ser vivido pelos casais após receberem o Sacramento do matrimônio. Qualquer uso do sexo fora do casamento celebrado na igreja, é falta grave contra este Mandamento. O prazer sexual é moralmente desordenado quando é buscado por si mesmo, isolado das finalidades de procriação e de união.

O Catecismo da Igreja diz que: “Na linha de uma tradição constante, tanto o Magistério da Igreja como o senso moral dos fiéis afirmaram sem hesitação que a masturbação é um ato intrínseca e gravemente desordenado” (§2352); mas, fatores como a imaturidade afetiva, a força dos hábitos contraídos, o estado de angústia ou outros fatores psíquicos ou sociais podem diminuir a culpa da pessoa.

A fornicação é a união carnal fora do casamento entre um homem e uma mulher livres. Às vezes recebe o nome de “sexo livre”; sem compromisso, é gravemente pecaminoso. (cf. Cat. §2353)

A pornografia ofende a castidade porque desnatura o ato conjugal, doação íntima dos esposos entre si e atenta gravemente contra a dignidade daqueles que a praticam (atores, comerciantes, público), porque cada um se torna para o outro objeto de um prazer rudimentar. (cf. Cat. §2354)

O estupro é uma violência; provoca um dano grave que pode marcar a vítima por toda a vida. Mais grave ainda é o estupro cometido pelos pais e parentes (encesto) da vítima ou educadores contra as crianças que lhe são confiadas. (§2356)

A prostituição vai contra a dignidade da pessoa que se prostitui; mancha seu corpo, templo do Espírito Santo (1 Cor 3, 16; 6,19-20). É um flagelo social. A Igreja diz que é sempre gravemente pecaminoso entregar-se à prostituição; mas a miséria, a chantagem e a pressão social podem atenuar a falta da pessoa empurrada para esta prática. (cf. §2355).

É pecado grave contra o sexto Mandamento a prática homossexual, não a tendência. O Catecismo diz que: “Apoiando-se na Sagrada Escritura, que os apresenta como depravações graves, a tradição sempre declarou que “os atos de homossexualidade são intrinsecamente desordenados. São contrários à lei natural. Fecham o ato sexual ao dom da vida. Não procedem de uma complementaridade afetiva e sexual verdadeira. Em caso algum podem ser aprovados” (§2357).

A Castidade dentro do Matrimônio


A Castidade é necessária a todos os homens, e até mesmo dentro do matrimônio, aqui neste caso não significa a abstinência do ato sexual, e sim ter um limite. O Sexo é permitido dentro do matrimônio, para a procriação e união do casal. Como disse o Pe. Paulo Ricardo: "O sexo é pecado? Depende, se você não é casado, é pecado sim, se você é casado não é pecado." 

Com relação ao uso do matrimônio, praticamente tudo é lícito entre o marido e a mulher, desde que não haja a intenção nem o perigo de que o ato seja consumado de maneira inapta à procriação (sexo oral, anal), ainda que comece de forma inapta. Se o fim é lícito, os meios também são. Fora do ato conjugal, os atos impudicos (abraços, olhares, toques, etc) são lícitos desde que feitos com fim honesto (por exemplo, fomentar o amor). O Catecismo da Igreja Católica afirma que:

§2362 – "Os atos com os quais os cônjuges se unem íntima e castamente são honestos e dignos. Quando realizados de maneira verdadeiramente humana, testemunham e desenvolvem a mútua doação, pela qual os esposos se enriquecem com o coração alegre e agradecido" (GS 49,2).

"A sexualidade, mediante a qual o homem e a mulher se doam um ao outro com os atos próprios e exclusivos dos esposos, não é em absoluto algo puramente biológico, mas diz respeito ao núcleo íntimo da pessoa humana como tal. Ela só se realiza de maneira verdadeiramente humana se for parte integral do amor com o qual homem e mulher se empenham totalmente um para com o outro até a morte." (CIC, §2361; FC,11).

O Papa Pio XII já tinha dito há muito que:

"O próprio Criador (...) estabeleceu que nesta função (isto é, de geração) os esposos sentissem prazer e satisfação do corpo e do espírito. Portanto, os esposos não fazem nada mal em procurar este prazer e em gozá-lo. Eles aceitam o que o Criador lhes destinou. Contudo os esposos devem saber manter-se nos limites de uma moderação justa (g.m.)" (Pio XII, 29/10/1951).

Fontes:
[1] Do Livro: O CHRISTO O PAPA E A IGREJA - Pe. Júlio Maria
[2] Texto do Prof. Felipe Aquino. Sexto mandamento - não pecar contra a castidade.

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